A violência na sociedade não será combatida de forma definitiva apenas com o uso da polícia. Temos que ir à raiz do problema. E a raiz da violência está na desigualdade social absurda que existe no Brasil e no Paraná.
O Paraná é um dos estados mais violentos do país. Curitiba e Foz do Iguaçu têm índices de violência superiores ao Rio de Janeiro. As principais vítimas são os jovens. Na faixa etária entre os 15 e 29 anos o índice de assassinatos é de 50 por 100 mil habitantes, quando nas demais faixas ela se situa em 20. Esses jovens são vítimas do tráfico de drogas e da violência policial.
O modelo de desenvolvimento adotado a partir dos anos 1960, quando o capitalismo avançou no campo, concentrando terras, expulsou 50 milhões de camponeses para as capitais e cidades médias. O crescimento das cidades foi muito rápido e desordenado, surgindo as favelas, onde os moradores vivem em condições precárias de moradia, saneamento básico, saúde e educação. Esses fatores, aliados a falta de trabalho e falta de políticas públicas para a infância e a juventude, foram e são os responsáveis pelo crescimento da violência.
Some-se a isso uma polícia desequipada, em número insuficiente, muito mal remunerada e com condições de trabalho desumanas. Na polícia civil o quadro de desorganização e de desrespeito chega a tal ponto que os agentes não têm colete adequado e agente penitenciário trabalha sete dias seguidos, morando nas carceragens.
Defendemos como solução para a violência a adoção pelo estado de políticas sociais e de distribuição da riqueza, que dêem condições dignas às pessoas:
1. Reforma agrária para acabar com a violência no campo e evitar o crescimento das cidades, estimulando ainda aqueles que vivem nas periferias a voltar para o campo;
2. Reforma urbana que dê casa digna, saneamento básico, saúde e educação a todos;
3. Políticas sociais voltadas a impedir que a juventude seja vítima dos traficantes, como escolas em tempo integral, políticas de acesso a cultura e de inclusão digital;
4. Treinar a polícia para que atue com estrito respeito aos direitos humanos, que tenha os equipamentos adequados, remuneração digna e policiais em número suficiente para dar conta do trabalho;
5. Investir na defensoria pública para que os pobres tenham acesso à justiça e possam se defender das ilegalidades e das arbitrariedades do estado.
Com essas medidas estamos convencidos que resolveremos um dos mais graves problemas da sociedade.
Para Governador - Luiz Felipe Bergmann - 50
Para Dep. Federal - Silveira Sarandi - 5050
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